causos de Berlim

Causos de Berlim #12 – Rindo na internet

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Vcs tb usam risadinhas por escrito tipo rsrsrsrs, rssss, kakaka, ou kkk? Já tentaram escrever isso com europeus? Com brasileiros continuo usando as risadinhas escritas de internet, mas… há 2 anos eu já tinha usado isso algumas vezes conversando em inglês com minha amiga romena e com meu marido que é italiano (com ele converso em português, italiano, inglês ou alemão, depende da situação e pessoas).

Minha amiga romena nunca tinha falado nada a respeito das minhas risadinhas escritas, mas depois deu escrever isso no chat com meu marido, na época namorado, tipo umas 3 vezes ele finalmente falou “que d*** significa rsrsrs?” (ele chama isso ao vivo de russarussarussa…).

Eu: como assim o que significa rsss?? Risada uai! (é, sou mineira) E expliquei mais ou menos assim:
rsss ou rsrsr = hihihi ou hehehe, depende do contexto
kkkk = haha
kakakakak = HAHAHAHHA

Ele: ahhhh. Mas ninguém sabe o que é isso aqui na Alemanha nem na Itália. E imagino que no resto da Europa tb não.

Eu: Por que vc não me falou antes? O que vc achava que era então quando vc lia?

Ele: não tinha a menor ideia, achei que vc tivesse esbarrado no teclado da primeira vez. Da segunda vez vi que isso deveria ser algum tipo de sigla brasileira, e agora na terceira vez estou perguntando porque até hoje não tinha entendido.

Moral da história: o contexto da risada pra eles não fica óbvio quando escrevemos isso. Parece então que os europeus não usam mesmo esse tipo de sigla, que eu achava que era universal internetísticamente falando. Aqui eles são mais diretos mesmo. Ou é hahaha porque achou muito engraçado ou não é nada.

Causos de Berlim #11 – Diálogo sobre o tempo

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Verão de 2010 em Berlim:

-Brasileiro 1 morando em Berlim há 8 meses: Em Berlim não venta.
-Brasileiro 2 morando em Berlim há 1 dia: como assim não venta?
-Br.1: é, não venta. (ponto final)
-Br.2: eu já peguei muito vento aqui antes de me mudar, no inverno.
-Br. 1: aí é diferente. Em Berlim não venta no verão. (ponto final 2)

Verão de 2011 em Berlim:
ventou. Agora não sei dizer o quanto, mas ventou.

Verão de 2012 em Berlim:
ventos de até 25km/h que eu presenciei até o momento. Pra não dizer a temperatura! Fiz um screenshot do tempo dia 17 de julho.

Causos de Berlim #10 – Limão

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Quando eu trabalhei na barraquinha de caipirinha durante uma feira, o dono pediu pra eu ir comprar limão verde no supermercado e me deu uns 40 euros e eu pensando… eu não vou aguentar carregar isso tudo de limão. Enquanto no Brasil o limão custava 39 centavos (de Real) o quilo, aqui é 39 centavos (de Euro) a UNIDADE! Tá, acabei lendo depois que por acaso agora o limão está em alta etc etc, mas mesmo assim. E também, eu tenho quantos quilos de limão eu quiser de graça lá na roça do vô! E por isso compro na Alemanha limão siciliano e no Brasil limão verde.

Causos de Berlim #9

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Isabela vai ao Consulado de Portugal um dia, a senhora não consegue achar o registro, aí Isabela volta lá no dia seguinte, entrega a cópia pra ela ver que eu existo e ela continua não me achando no sistema. (é, mudei pra primeira pessoa agora). Então a senhora pede um “númuru di tulufunio” pra quando estiver pronto. Ahm…desculpe, número de que?? – Di tulufunio, ora pois! Não queres que eu te ligue para avisar que achei?” Ahhh, tá. Nisso eu tentando imitar sotaque de purrrtugueix di Purtugalll o tempo todo, o que será que eles pensam disso? Bom, não tenho ideia, mas acho uma delícia falar com ellles assim.
Aí eu comento com a Jux por chat qualquer coisa depois como “só podia ser coisa de português mesmo” e ela, claro, me “reprime” com meu comentário preconceituoso (obs. isso tudo é ironia, brincadeira, tá? Caso alguém esteja achando que estou falando sério!), aí eu falo “como eu sou portuguesa mesmo, tenho liçensa pra fazer piada de português. Sacaram né? Li-cen-ça. E esta foi a primeira palavra que esqueci como se escreve em português, seja de Portugal ou do Brasil!

Causos de Berlim #8

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Pedalei cerca de 15 km com a bicicleta e voltei pra casa correndo porque tinha que tomar banho, me arrumar e sair de novo. Minha vizinha do quinto andar estava na porta do elevador e eu pedi pra ela esperar um segundo (até alcançar a porta). Pois bem, entrei. Sorri e agradeci. Ela me viu apertar o botão do andar 3 e falou:
-Nossa, você mora no terceiro andar e tem que pegar elevador??!!?? (Não preciso explicar que ela foi mal educada e sarcástica né. Com direito a sobrancelha levantada e tudo)
Minha resposta imaginária 1:
-Te perguntei?
Resposta imaginária 2:
-Sabe porque meu vô viveu até os 97 anos de idade? Porque ele cuidava da vida dele.
Resposta imaginária 3:
-Tenho um problema no joelho e é melhor não forçar na escada.
Resposta imaginária 4:

-Eu pago o elevador como você e uso quando eu quiser.

Resposta que dei:
-Acabei de andar 15 Km com a bicicleta e estou cansada. Ninguém é de ferro, não é mesmo? Agora tudo que quero é tomar um banho e relaxar um pouco, porque logo preciso voltar ao trabalho.
Ela sorriu de volta:
-Ah, sim, claro, como é bom chegar em casa após um dia cansativo. (E ficou lá com os lábios prensados e cara de b…)

Causos de Berlim #7 – Toc toc

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Causo 1:
Sábado. 5 da manhã.
-TOC TOC TOC TOCCCCCCCC e PÉEEEEMMMM na campainha.
Pulo da cama e saio correndo pra porta! O prédio tá pegando fogo? Meu vizinho morreu?
TOC TOC PAF PAF e PÉEEMMM se repetem.
A voz:
-É A POLÍCIA!!!
De pijama, sem abrir a porta:
-Pois não? Em que posso ajudá-los?
-Você ligou pra polícia e estamos aqui, queremos saber se o Herr Berganovitsch mora aí.
-Não, keine Ahnung sobre Herr Berganovitsch, não conheço nenhum.
-Ah, então ele não mora aí?
-Não. Es tut mir Leid. Você tá vendo escrito na minha porta Herr Berganovitsch?? Não né! Santos parece com Berganovitsch?
-Sabe onde ele mora? Porque Herr Berganovitsch ligou pra Polícia.
-Infelizmente não.
-Certo, obrigado, Auf Wiedersehen!

Parênteses 1: Imaginaram o tom de voz de polícia alemã né? Assim tipo “se eu estou trabalhando no sábado às 5 da manhã você não pode estar dormindo e eu vou gritar pro prédio inteiro ouvir.
Parênteses 2: há uns meses a polícia estava no meu prédio procurando alguém e também não era aqui. Esse é um dos problemas de ter prédios com o mesmo número na mesma rua. O que? Pois é. Na minha rua o mesmo número de prédio tem a, b e c!

Causo 2:
Domingo, 10 da noite. Uma tempestade.
TOC TOC TOC TOC TOC péeeemmmm
Saio correndo do banheiro com a toalha de rosto na mão.
Meu vizinho turco falando alemão rápido:
-Você precisa vir aqui em casa ver uma coisa, a janela, a água, está lá, corre, tem que ser rápido, ó meu Deus, me desculpe, não sei, sim, é, sou seu vizinho de cima.
Subo as escadas correndo imaginando que a filha dele tava afogando ou qualquer coisa do tipo. Saio sem a chave e largo a porta de casa aberta. Achei que era caso de vida ou morte pelo tom de voz dele.
Chego lá e ele me mostra que trocou as janelas por um modelo mais moderno mas que com o temporal estava entrando muita água pra dentro, mesmo com a janela fechada e já tinha uma poça no chão. Ele temia que logo fosse vazar pro meu apartamento, abaixo do dele. Agradeci a preocupação, nisso chega o meu Compagno (não preciso ficar explicando a identidade do outro né). Pois bem, problema visto mais uma vez, nós dois descemos de volta pro apartamento.
De frente pra porta (que ele fechou) ele coloca a chave dele. Não abre. Ele me pergunta:
-Você trouxe sua chave né?
-Não, claro que não! Pois eu estou até com a toalha na mão! Vim correndo.
Nota: Na maior parte das casas aqui, se a chave está toda enfiada na porta mesmo destrancada, o outro lado não consegue abrir. Pronto, estamos presos. Esmurra daqui, reclama dalí, tenta forçar a chave sem sucesso, pega no celular que por acaso estava com ele e começa a procurar o telefone do chaveiro 24h já imaginando os absurdos tipo 300 euros que teríamos que pagar. Até que resolve dar uma de James Bond, volta no vizinho turco, pede um cartão de crédito e com muita habilidade abre nossa porta novamente! E o vizinho a esta altura se desculpando porque se sentia responsável por ter me tirado de casa sem chave etc etc bla bla blá.

Lição 1: nunca saia sem chave.
Lição 2: nunca deixe a chave toda enfiada na porta se todos os moradores não estão dentro de casa, mas na dúvida, melhor não deixar nunca.
Lição 3: Não se desespere porque seu vizinho está desesperado e saia sem a chave.
Lição 4: Depois que se descobre como abrir uma porta com um cartão de crédito, nunca deixe a porta destrancada! Porque por mais que isso aqui seja Berlim, eu sou mineira! E mineiro é desconfiado.
Imagina se no dia dos policiais do causo 1 a porta tivesse aberta? E se eles não fosse policiais? Ou sei lá! Eu hein!
Lição 5: não troque sua janela de 130 anos por uma moderna!

Causos de Berlim #6 – Médico e afins II

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É fácil se acostumar com certas coisas em Berlim, por exemplo: andar sozinha para todo lado na cidade independente da hora, não sentir medo, não segurar a bolsa firme achando que vai ser roubada, não precisar olhar pra todos os lados antes de atravessar a rua, atravessar no sinal verde de pedestre e se por acaso um carro vier que não te viu você olha feio e a pessoa pede mil desculpas (porque ela realmente não tinha te visto) e sair de casa sem sombrinha, pois nessa época não chove normalmente, neva.


Hoje eu madruguei pra ir ao médico e saí de casa correndo pra não perder o ônibus – que perdi e “xinguei o céu”, mas 30 segundos depois veio outro, aí fiquei feliz e não achei mais que a obrigação do transporte. Logo na porta de casa, tentando alcançar o segundo ônibus, quase caí várias vezes e “xinguei o céu” de novo. Normalmente eu levaria tipo 5 passos pra alcançar o ponto de ônibus, mas a rua parecia pista de patinação [*termo correto: fiz patinação humorística no gelo] porque estava chovendo em cima da neve caída e já derretida e congelada várias vezes. Pra piorar xinguei de novo porque meu mega casaco roxo não tem gorro. Droga. Justo hoje que eu só saí de pompom de ouvido, não de gorrinho e obviamente também sem sombrinha. Ah que ótimo, pensei, frio, chuva, eu de garganta ruim indo pro médico, vou chegar lá pior ainda e de cabelo molhado. Isso se eu chegar, pois quando saí do metrô (que fiz baldeação) levei cerca de 15 minutos simplesmente pra percorrer coisa de 150 metros. Tá, mas aí cheguei, esperei e fui atendida. E lá, hoje, aprendi 3 palavras:
1-a queixa: Die Beschwerde
2-pregas vocais: Stimmlippen ou Stimmbänder (Bänder = fitas, Stimme = voz, Lippen = lábios)
3-fenda (nas pregas): Glottisspalt (fissura/fenda glótica) ou Flüsterdreieck (sussurro triangular)
O consultório era especialista em voz e crianças. Primeiro fui atendida por uma fonoaudióloga (Phoniatrie é a especialidade), que fez umas medições de audição no computador e umas medições de voz, comigo emitindo umas notas. Tudo bem moderno, achei. Depois fui pro otorrino, que falou que era pra eu continuar com a inalação com chá de sálvia (ou salva) – Salbeitee – e só em último caso comprar o remédio que ele prescreveu e que custa uns 30 euros. Interessante esses métodos “naturais” aqui, fazem de tudo pra você melhorar naturalmente. Ele falou que era pra eu ficar sem cantar nada 2 dias pelo menos e se eu quiser, fazer só os exercícios que eu sei para fechar as pregas vocais. É bonitinho também o interesse que as pessoas demonstram quando descobrem que sou cantora lírica. O médico de hoje, por exemplo, falou que eu estava com essa pequena fenda causada pela tosse e que isso não poderia ficar assim, principalmente para uma soprano como eu. (hum.). O médico de outro dia pegou meu endereço no youtube e a de outro dia me recomendou procurar um determinado teatro.  E não é que tô indo muito em médico não, é que a primeira era só porque eu precisei de um certificado que sou apta a exercer a profissão de cantora. Contei neste post aqui.

E pra fechar o assunto “médico e afins”, acho que o saldo médico em 2010 foi super positivo. Que eu me lembre, a única doença que tive no decorrer do ano passado todo foi o tal rota vírus no meu aniversário e em janeiro de 2010, quando eu estava aqui em Berlim, tive sinusite. Bom…uma doença de inverno em Berlim em janeiro e agora outra em janeiro de 2011! 😉

Causos de Berlim #5 – Médico e afins

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Pois bem. Semana retrasada, BEM no dia do meu aniversário, peguei um “rota vírus”. Começou já na virada do dia 30 de novembro pra 1 de dezembro e eu passei mal a noite inteira. Até que às 9h decidi ir ao hospital finalmente. Aí olha que beleza, tava nevando e temperatura de -10 graus. Só pra lembrar: eu passando mal. Fui andando pro Hospital que é há uns 3-4 quarteirões de casa. Cheguei lá, entreguei minha carteirinha do plano de saúde e paguei uma taxa de 10 euros que pelo que entendi é anual, [correção: 4x ao ano] toda vez que eu for ao médico este ano mostro o papel que já paguei. A recepcionista falou que eu ia ter que esperar já que estava lotado. Abre parênteses: olhei pra um lado, olhei pro outro, pra cima pra baixo e em todas as direções e tudo que vi foram as máquinas de café e a recepcionista. Fecha parênteses. Esperei 1 hora para ser atendida, depois tomei soro na veia por umas 2h e aí fui liberada, mas só melhorei mesmo no dia 2 de dezembro.
Bom, passado isso tudo achei que este ano não ia voltar ao médico, mas precisei de uma declaração que posso trabalhar com minha voz. Para isso tive que ir então no Clínico Geral e pedir um encaminhamento pro Otorrino. Aqui na Alemanha você sempre vai ao clínico geral e de lá ele te encaminha pra outro. Foi muito rápido, simples e indolor. Cheguei no consultório e achei que fosse como no Brasil. Eu falava que precisava disso, esperava 1 hora, entrava no consultório, falava de novo o que eu queria e ele me dava o papel depois de pelo menos examinar meu ouvido, nariz e garganta. Mas me deram na hora. Aí o que precisei mostrar? Minha carteirinha (eles não pedem identidade) e o comprovante da taxa de 10 euros…que eu tinha esquecido em casa (ai ai) e tive que voltar lá pra mostrar outro dia. Bom, aí fui pro otorrino, mais umas 4 ruas pra frente e estava lotado já (faltava 40 minutos pra encerrar o expediente, às 13h de uma sexta-feira. Reconheço que não fui no melhor horário). Mas marcaram pra mim na outra segunda “à tarde”. Abre parênteses: aqui a partir de 10 ou 10:30 da manhã eles começam a falar “Boa tarde”. Fecha.
Bom, finalmente peguei o tal Bescheinigung que precisava, dizendo que posso trabalhar com a voz. Achei interessante isso. Interessante também que eles sempre acham uma hora pra você rapidamente ou indicam outra pessoa pra solucionar seu problema. E acabou o post.

Let it snow

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Berlin heute: etwas Schnee. / Berlim hoje: alguma neve.
Começou a nevar ontem, bem de leve. Aí parece que nevou esta noite toda e até agora não parou. Fica lindo, vamos combinar né! Como eu estava já atrasada pro almoço que marquei, fui de bicicleta. (Corajosa). Só que não dá pra ficar fazendo isso sempre, pois é perigoso, principalmente quando tiver nevado vários dias e alguma poça de água congelar… fora que a burrinha aqui foi cortar caminho pelo parque (que vocês podem ver abaixo) e se esqueceu que ia estar tudo enlameado. Moral da história: respingos de terra na calça jeans e no tênis novo, tipo all star, preto, com imitação de couro por fora e pelinho nele inteiro por dentro.

Photo Credit: Giuliano
Photo Credit: Giuliano
Bom, agora o papo é sério. Fui buscar o pacote que meu pai enviou do Brasil no DHL, o serviço de entrega daqui. O lugar era meio estranho de chegar, não é longe mas parece que fica no meio do nada. Beleza, cheguei lá, entreguei o papel que recebi em casa avisando que eu tinha que ir lá buscar o pacote, peguei a senha, esperei uns 25 minutos e finalmente me chamaram. Eu não sei porque mas já estava nervosa. Abre parênteses: acho (acho não, estou) que tô começando a ficar meio travada com a língua e eu que era meio tagarela estou ouvindo que é uma beleza. Não tenho vontade de falar absolutamente nada nunca. Fecha parênteses. Para a minha surpresa o alemão era muito simpático e bonito também. Perguntou o que era, falei que era medicamento e cartão de visita. Ele falou que aqui na Alemanha é proibido importar qualquer tipo de medicamento. Eu disse que não sabia e que os bolhas dos atendentes dos Correios no Brasil falaram que tendo receita e nota fiscal não tinha problema nenhum. Peeeeeemmmm! Falso. Aviso aos Correios: se vocês sabem que é proibido importar remédio pra cá, avisem aos funcionários. Se não sabem, fiquem sabendo! Não é mais que a obrigação de vocês. Afinal de contas meu pai pagou mais de 30 reais pelo envio à toa. Obviamente vamos pedir reembolso, pois se eles falassem que era proibido nós não teríamos enviado, darrr.

Aí eu tive que escolher entre:
1-enviar o pacote de volta pro Brasil, como ele chegou aqui, sem abrir nem tirar sequer meu cartão de visita e sem custos para mim (não se sabe ainda se meus pais terão que pagar algo quando chegar lá de volta).
2-abrir, tirar meu cartão de visita que custou 25 reais e jogar meu remédio de 85 no lixo.
Não preciso falar o que escolhi né?

Causos de Berlim #4 – Wörter/Palavras

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Minha colega israelense do curso de alemão contou o seguinte causo. Ela estava na Alemanha há pouco tempo e recebeu visitas em casa, queria que todos se sentassem e ficassem confortáveis. Agora eis o que ela falou: -Platzen Sie sich, bitte.
Explicação:
Platz: lugar
platzieren: colocar
platzen: explodir, arrebentar
Sie: Senhor(es)/Senhora(s)
bitte: por favor
Meu comentário: hahahaha. Nós no curso sempre contamos os “foras” que damos aqui. Já contei lá também o meu de oferecer camisinha pro cara ao invés de chiclete.
Outra palavra interessante é deutlich. A primeira vez que ouvi achei que significava “alemãmente”, pois, claro, Deutschland é Alemanha e Deutsch é alemão. Mas deutlich (sem o S no meio) significa com exatidão, precisamente, claramente. E antes eu entendia como sendo deutschlich. Aqui na Alemanha uma letrinha faz diferença tanto no significado quanto na pronúncia. Mas às vezes a pronúncia é sutil. E na verdade pra mim faz sentido deutlich ser precisamente, pois os alemães são precisos e diretos, então se fosse deutschlich seria mais ou menos o mesmo. Fez sentido?