Mês: maio 2010

150km em um dia de trabalho

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Meus dias costumam ser bem cheios, ainda mais este ano. Desde que voltei da Alemanha me comprometi a não pegar tantos casamentos pra cantar e fazer aula de tudo que eu quiser. Estou investindo na minha formação. Aí foi assim desde então. 2x por semana pilates, 2x francês, 2x alemão, 2x sapateado. Isso fora 2x ensaio do meu coral e pelo menos 1x por semana casamento né. E ainda as aulas de moto que fiz todos os dias durante um tempo também. Tá faltando agora eu arrumar tempo pra estudar flauta, praticar violão, piano e solfejo.

Só que essa semana foi puxadassa! Como vocês leram, sexta fiquei por conta dos preparativos relativos à morte da minha tia e à noite ainda cantei em um casamento. Minha mãe falou que o enterro foi ontem de manhã lá em Três Corações e correu tudo bem, que estava tudo arrumadinho. Fiquei satisfeita e rezei por ela na missa que cantei no sábado.

Então…no sábado acordei às 7h da madrugada (7h pra mim é madrugada ainda) pra substituir a Fabíola, que estava rouquinha, coitada, na missa do Centenário do Colégio Sagrado Coração de Jesus (ali na Rua Professor Morais). Aí cheguei super atrasada no ensaio do Madrigale porque a missa foi super longa. Depois foi a conta de almoçar (aliás, estava uma delícia, Pollo en Mole) e fui pro Retiro do Chalé cantar em outro casamento. Pra minha surpresa eu conhecia (e muito) a mãe do noivo! Ela é super amiga da minha super amiga Gigi. Tá…aí atrasou 1h pra começar e eu estava na reserva da gasolina, em seguida tive que ir pra outro casamento em Betim! Mas antes parei no posto pra por um pouco de gasolina, senão eu ia ficar no meio do Anel Rodoviário! Daí me perdi quando cheguei em Betim. O nome da Igreja estava errado e fiquei desesperada, dei 1h de voltas lá até descobrir onde era. Cheguei 20h em ponto mas o casamento atrasou um pouco pra começar. Aí a volta foi outro suplício, eu quase sem bateria no celular e morrendo de medo de ficar lá mais perdida ainda (nisso a gasolina já estava quase na reserva de novo!).

Aí…tô falando demais, ninguém vai ter paciência de ler. A moral da história é que andei 150km ontem, marcados no mostrador do carro desde quando saí do almoço até quando voltei pra casa, já 22:30!

Descanse em Paz, tia Lena.

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Hoje minha tia Lena faleceu. Ela não era minha tia de verdade, mas de coração. Era tia da minha prima Ângela. Morava no Centro da cidade, em frente ao Maleta, e quando eu era criança eu ia pra lá várias vezes por mês passar o final de semana. Ela me levava pra passear na Feira Hippie, pra bailes no Sesc, fazia lanchinhos gostosos, jogávamos truco e víamos filme de terror, eram os nossos favoritos. Foi assim que fui apresentada ao Iluminado, Poltergeist, Brinquedo Assassino e tantos outros.

Eu era a única da família aqui em Belo Horizonte pra cuidar de tudo, liberar o corpo no hospital, fazer a certidão de óbito no cartório e ajeitar tudo com a funerária, inclusive despachar o corpo pra Três Corações, cidade onde ela nasceu e será sepultada amanhã. Estive cuidando de tudo desde às 9 da manhã. Desmarquei tudo que eu tinha pra fazer, mas agora cheguei em casa (são 17h) e tenho que me arrumar pra cantar num casamento na Ig. Sto Antônio (Av. Contorno) às 20h. Como hoje é sexta, tem aquele trânsito e eu estou um caco de cansada. Vou ver se tomo um banho e dou pelo menos uma deitadinha de 30 minutos.

Muitas coisas inúteis pra quem lê

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1- Sou a mais nova cidadã portuguesa. Busquei hoje no Consulado meu bilhete de identidade (é assim que chama) e já fiz meu passaporte. Novinho, tudo digital e com chip. obs. Gastei $ com o passaporte (e antes também com a ID).
2- Eu queria ser dona do California Coffee. obs. Gastei $ com um café com baunilha.
3- Tomei vacina de Hepatite A+B no laboratório Humberto Abraão. A técnica em enfermagem que me atendeu, Helena, era uma gracinha. Nunca vi mão melhor pra aplicar vacina. Eu nem desmaiei (como de costume). obs. Gastei $ com a vacina.
4- Almocei na Gigi pelo segundo dia consecutivo. obs. nenhuma, tava tudo ótimo.
5- Minha aula de sapateado foi ótima. Peguei um exercício meio longo de primeira! obs. eu nunca pego de primeira.

cabou.

Que susto!

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Então…estava eu hoje saindo do pilates aqui no Luxemburgo, andando na calçada indo em direção à casa da Gigi e falando com a própria ao celular, quando vem um carro em disparada e sobe no passeio (eu de costas pro carro) pra entrar na garagem dele. Moral da história: quase fui atropelada. Mas atropelada mesmo! Muito atropelada! Atropeladinha da Silva!

Bem que minha mãe falou que meu santo é forte, porque o reflexo que eu tive nem eu sei como ele veio! Imaginem eu, de costas pro carro, ao celular, andando na calçada e ainda tive o reflexo e dar um pulão digno de recorde olímpico pra me afastar da frente do carro, que vinha fatalmente pegar os meus joelhinhos! Nisso é claro que desliguei o celular na cara da Gigi e ela ligou de volta sem entender nada. Aí atende a Maria, dona da lojinha de faz-tudo que foi a primeira a me acudir: – Oi, é a Maria, não…ela quase foi atropelada…é, ela tá muito nervosa. Nessa hora minha ficha já tinha caído e eu tive um colapso…rsss. Abri o bocão, meu coração disparou e eu comecei a tremer. Acho que nunca levei um susto tão grande em toda a minha vida!

O cara parou o carro, comprou água pra mim, pediu desculpas. A rua toda chamou atenção dele e ele justificou dizendo que o carro atrás dele tava muito rápido e se ele não embicasse logo no passeio o de trás ia bater. Teve uma senhora que enfiou o dedo na cara dele por mim e falou: -Seu irresponsável! Melhor deixar o de trás bater em você do que você atropelar a menina! Imagine o que podia ter acontecido com ela?.

Mas no final da história ele pediu mil desculpas pra mim e me deu carona até pertinho da casa da Gigi, no Centro. Eu aceitei as desculpas e acabei aceitando a carona também, e falei que tava tudo bem, que realmente foi só o susto. E que susto! Credo!

Alemanha, aqui vou eu!

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Comprei!
Comprei minha passagem para Berlim agora. Acabei de comprar.

Data da ida: 9 de agosto de 2010 às 10:30. Primeiro vou pro Rio, depois pra Paris, depois Berlim. Pela Air France.

Dueto das Flores

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Cantei este dueto da ópera Lakmé juntamente com a minha amiga Marcelle Chagas, integrante do Trio Amadeus, num Show no Museu Inimá de Paula dia 23/04/2010, em Belo Horizonte. Quem estiver vendo este vídeo cortado pela metade, vá direto na página dele do youtube: http://www.youtube.com/watch?v=21_AazYStaU&feature=player_embedded

Didn´t my lord deliver Daniel?

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http://www.youtube.com/get_player

Este vídeo foi gravado no celular pela Ananda Settte. Essa música fechou o concerto do Coro Madrigale dia 12 de maio na Fundação. Solo de Isabela Santos, Clara Guzella e Márcia Maria. Um grande hit, que gerou inclusive um arranjo para guitarras do nosso criativo colega de coro, Rômulo Salobreña. Na janelinha abaixo ouçam o áudio deste arranjo.

http://www.goear.com/files/external.swf?file=3088208

No clima de Spirituals

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O concerto do Coro Madrigale dia 12 foi um sucesso absoluto! A Fundação estava lo-ta-da! Assim que eu estiver com algum áudio ou vídeo da apresentação, posto aqui.

Enquanto isso… acabei de receber pelo correio um DVD com as fotos e videozinhos que o Alexandre (que estava na Alemanha na mesma época que eu) gravou na máquina dele. E escolhi para o post de hoje um vídeo com nossa “brincadeira” pra espantar o frio de -10C que estava na estação de trem em Münchweier neste dia. Todos nós estávamos cansados de um longo ensaio, mas ainda com muito bom humor.

Concerto hoje!

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Não percam! Hoje às 20h na Fundação de Educação Artística – Gonçalves Dias, 320. Ingressos à venda no local. Preço 15 reais a inteira.

Aí vai o áudio de um ensaio. Música: Didn’t my lord deliver Daniel?
Solistas Isabela Santos, Clara Guzella e Márcia Maria Reis.

http://www.goear.com/files/external.swf?file=68110aa

Concerto com Coro Madrigale dia 12 de maio, quarta-feira!

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Quarta feira, dia 12 de maio, o Coro Madrigale se apresenta na Fundação de Educação Artística (Golçalves Dias, 320, às 20h, com um repertório especialíssimo: Negro Spirituals. Ingressos a 15 reais a inteira.

Valendo-se da versatilidade dos cantores e facilidade do Madrigale em assimilar estilos diferentes da musica coral, o regente Arnon Sávio Reis Oliveira preparou um concerto inteiro somente com composições de negro spirituals e selecionou obras dos principais compositores/arranjadores do gênero para presentear o publico com um panorama, se não completo, ao menos significativo do vasto repertório que inspirou o Jazz, o Blues e o Gospel americanos. Mas a história dos negro spirituals vai além e se confunde com a história dos negros na América do Norte. Cantar para aliviar o sofrimento da alma, a dor do martírio, a opressão do cativeiro. Cantar para encurtar a distância da mãe África, a espera da liberdade, o caminho da alma para a paz de Deus. Sem flautas, cítaras, tambores, sem nada, porque na escravidão tudo lhes era proibido, só tinham a própria voz e a dos irmãos, de raça e de religião, para manterem dentro de si a chama da vida, da fé e da liberdade.

Com tantos motivos e anseios, o canto africano dos negros na América foi enriquecendo na exata proporção que seu povo escravo necessitava expiar o sofrimento. Contribuiu para o desenvolvimento daquele movimento, considerado hoje o primeiro gênero musical genuinamente americano, o encontro forçado com a cultura européia, o cristianismo protestante, e até a necessidade de se comunicar secretamente entre si para buscar a roubada liberdade. A herança africana, ficou fortemente representada nas primeiras composições e sobrevive como característica marcante dos negro spirituals mesmo contemporâneos, por meio da harmonia da escala pentatônica, a poliritimia e a maneira sui generis de se expressar vocalmente, com riqueza timbristica herdada dos antepassados tribais da África.

E são essas as características, segundo o maestro Arnon Sávio,que encantam e ao mesmo tempo desafiam coros do mundo inteiro, que se propõe a cantar os negro spirituals em seus concertos. Raramente se encontra um coro que não tenha em seu repertório um ou mais negro spirituals, geralmente virtuosísticos, para encerrar um concerto de maneira empolgante.Mas ao escolher cantar um concerto inteiro do gênero, cada uma dessas características tem que ser minuciosamente trabalhada, para tornarem-se coerentes com a intenção de seus compositores, que buscavam expressar através da musica a oração fervorosa de um povo, e suas súplicas pela prometida liberdade da alma.

Esse foi o desafio do Madrigale na preparação deste concerto, que vai apresentar obras de alguns dos mais renomados arranjadores de negros spirituals do século. Quem for à Fundação vai ouvir a interpretação do Madrigale de alguns negro spirituals tradicionais como Nobody knows, Ev´ry time I feel the spirit, Deep River, mas o destaque especial é para os arranjos mais modernos de Moses Hogan, alguns ainda desconhecidos do público coral belorizontino: Didn´t my Lord deliver Daniel, Elijah rock, The Battle of Jericho.

Solo de Isabela Santos, Clara Guzella e Márcia Maria Reis em Didn´t my Lord deliver Daniel; solo de Isabela Santos em The Battle of Jericho; Solo de Clara Guzella em Nobody Knows; solo de Bruno Maciel em My God is a Rock e Ev´ry time I feel the spirit; solo de Patrícia Cardoso e Sílvia em Old Time Religion.