Mês: junho 2011

Cabeleireira cantora

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Hoje, pela primeira vez, cortei o cabelo na Alemanha. Confesso que estava um pouco nervosa, porque meu cabelo estava bem curto atrás, maior na frente e ainda todo repicado. Depois foi crescendo e ficou todo irregular. E agora quero deixar crescer mais, então tava com medo de não saber explicar direito em alemão e a Friseur me deixar com o pior corte do século. Aí tava passando na rua, fui com a cara de um estabelecimento em Charlottenburg, gostei muito do preço (11€, lavar, cortar e você mesma seca) e resolvi tentar. Primeiro falei que queria uma opinião da cabeleireira etc, mas enquanto eu esperava, pensei “ah, que saber, meu cabelo fica bom de qual-quer jeito”. Me enchi de coragem e deixei lavar antes da moça que ia cortar ver. Aí chega a moça e ela era espanhola, que sorte! Expliquei tudo em português pra Rosário (já estamos íntimas né, como todas as latinas… cof cof). Mas adorei! Ela se ateve ao que eu pedi sem fazer gracinhas e meter a tesoura. Ganhou uma cliente. Além de ser super simpática… olha a coincidência, o marido dela é cantor lírico, tenor! Achei o canal dele no youtube, chama-se Raúl Alonso. Este foi o melhor vídeo, na minha opinião. Interessante, não? Resolvo cortar cabelo por acaso e a Friseur é casada com um tenor. Da próxima vez vou pedir uma bola de sorvete na sorveteria e a/o atendente será casado com um maestro quem sabe? Ou então uma soprano com um Product Manager? Aqui na Alemanha vemos mais casais inusitados do que no Brasil, isso stimmt.

Joguei a toalha

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Sub-título: desisti de fazer uma prova de mestrado e ainda fui cortada da banda de samba
Estou em Berlim há apenas 10 meses, cheguei com dinheiro, falando alemão, cantando bem e cheia de disposição. Aí fui vivendo, conhecendo, me intimidando, ganhando confiança de novo (acho que essas duas anteriores vão continuar), chorando, me alegrando e me informando. Fiz uma audição pra uma agência de músicos e não passei, entretanto eles disseram que assim que eu melhorasse meu alemão era pra eu voltar. Em setembro farei a mesma prova que fiz em setembro passado pra essa agência. Verei o que eles vão falar desta vez. Meu alemão melhorou, com certeza, mas pode ser que ainda não tenha nenhuma vaga aberta nos teatros, o que é bem possível, informação que obtive de fonte segura semana passada. Mas tá… continuando… fiz prova pra um curso entre o mestrado e o doutorado numa Universidade de música e também não passei, apenas 1 pessoa passou, entretanto fiquei feliz e orgulhosa da minha prova, sei que fui muito bem. Foi bom eles me conhecerem. Depois fui pro Brasil, renovei a confiança porque assim que cheguei eu já tinha eventos pra cantar em vários dias e ainda concerto no Rio de Janeiro. Aí voltei pra Berlim e comecei a ver quais eram as novas possibilidades e no meio tempo fui novamente perdendo confiança no alemão.
Voltei a estudar alemão e me animei de fazer uma prova de mestrado em ópera na outra Uni de Música que tem em Berlim. Fui lá toda serelepe, fiquei “amiga” da secretária de um departamento, conversei um tempão com o coordenador, estava estudando todos os dias, confiante e satisfeita, até que fui ouvida por um dos professores da Uni. Ele é considerado (pelo coordenador) o melhor professor da escola. Ele é tenor e italiano. Eu devia ter imaginado que não ia dar certo pra mim ser ouvida justo por ele. Eu tenho PA-VOR de técnica de canto italiana. Ó! Falo mesmo! Tenho certeza absoluta que se algum cantor profissional que usa a chamada técnica italiana me ler agora vai comentar no meu blog contra! Mas voz é igual *** e cada um tem a sua, e nunca um vai concordar com o outro.
Questionário rápido:
  1. Vocês conseguem por acaso diferenciar a voz de cantores líricos?
  2. Sabem qual é qual? Por exemplo, só ouvindo, vocês saberiam dizer a diferença entre esta cantora e esta ou esta?
  3. Todos os cantores líricos que vocês ouvem parecem o mesmo?
  4. Vocês conseguem entender o texto que o cantor lírico canta?
Se responderam negativamente a pelo menos uma das perguntas (ou “sim” pra 3a), estão no meu time. Eu sou CONTRA esse tipo de voz fabricada. E estas vozes “fabricadas” geralmente usam o que? A tal técnica italiana. Olha, pra me justificar um pouco, os exemplos de cantoras na pergunta número 2 são grandes cantoras, reconhecidas e que eu gosto também. Mas acredito que só alguém com treinamento consegue realmente reconhecer auditivamente o timbre de cada uma. Eu tenho a minha voz e quero continuar tendo
E falei isso tudo pra dizer que pela primeira vez na vida eu desisti de algo. Desisti de fazer a prova pro mestrado que paguei pra me inscrever. Foi terça-feira e não fui. E não ia adiantar só fazer por fazer a prova porque estou sem cantar de verdade há meses, o repertório de canto lírico não é só “abrir a boca e cantar” porque as coisas são complicadas e eu ia acabar causando uma péssima primeira impressão. Primeira boa impressão só temos uma chance de causar. Aí foi isso, desisti e pronto. No dia seguinte a banda de samba que eu estava animada também furou. Me resta tomar coragem e voltar a estudar canto seriamente e estar sempre preparada para futuras audições e provas, não importando a época que serei convocada.

Causos de Berlim #7 – Toc toc

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Causo 1:
Sábado. 5 da manhã.
-TOC TOC TOC TOCCCCCCCC e PÉEEEEMMMM na campainha.
Pulo da cama e saio correndo pra porta! O prédio tá pegando fogo? Meu vizinho morreu?
TOC TOC PAF PAF e PÉEEMMM se repetem.
A voz:
-É A POLÍCIA!!!
De pijama, sem abrir a porta:
-Pois não? Em que posso ajudá-los?
-Você ligou pra polícia e estamos aqui, queremos saber se o Herr Berganovitsch mora aí.
-Não, keine Ahnung sobre Herr Berganovitsch, não conheço nenhum.
-Ah, então ele não mora aí?
-Não. Es tut mir Leid. Você tá vendo escrito na minha porta Herr Berganovitsch?? Não né! Santos parece com Berganovitsch?
-Sabe onde ele mora? Porque Herr Berganovitsch ligou pra Polícia.
-Infelizmente não.
-Certo, obrigado, Auf Wiedersehen!

Parênteses 1: Imaginaram o tom de voz de polícia alemã né? Assim tipo “se eu estou trabalhando no sábado às 5 da manhã você não pode estar dormindo e eu vou gritar pro prédio inteiro ouvir.
Parênteses 2: há uns meses a polícia estava no meu prédio procurando alguém e também não era aqui. Esse é um dos problemas de ter prédios com o mesmo número na mesma rua. O que? Pois é. Na minha rua o mesmo número de prédio tem a, b e c!

Causo 2:
Domingo, 10 da noite. Uma tempestade.
TOC TOC TOC TOC TOC péeeemmmm
Saio correndo do banheiro com a toalha de rosto na mão.
Meu vizinho turco falando alemão rápido:
-Você precisa vir aqui em casa ver uma coisa, a janela, a água, está lá, corre, tem que ser rápido, ó meu Deus, me desculpe, não sei, sim, é, sou seu vizinho de cima.
Subo as escadas correndo imaginando que a filha dele tava afogando ou qualquer coisa do tipo. Saio sem a chave e largo a porta de casa aberta. Achei que era caso de vida ou morte pelo tom de voz dele.
Chego lá e ele me mostra que trocou as janelas por um modelo mais moderno mas que com o temporal estava entrando muita água pra dentro, mesmo com a janela fechada e já tinha uma poça no chão. Ele temia que logo fosse vazar pro meu apartamento, abaixo do dele. Agradeci a preocupação, nisso chega o meu Compagno (não preciso ficar explicando a identidade do outro né). Pois bem, problema visto mais uma vez, nós dois descemos de volta pro apartamento.
De frente pra porta (que ele fechou) ele coloca a chave dele. Não abre. Ele me pergunta:
-Você trouxe sua chave né?
-Não, claro que não! Pois eu estou até com a toalha na mão! Vim correndo.
Nota: Na maior parte das casas aqui, se a chave está toda enfiada na porta mesmo destrancada, o outro lado não consegue abrir. Pronto, estamos presos. Esmurra daqui, reclama dalí, tenta forçar a chave sem sucesso, pega no celular que por acaso estava com ele e começa a procurar o telefone do chaveiro 24h já imaginando os absurdos tipo 300 euros que teríamos que pagar. Até que resolve dar uma de James Bond, volta no vizinho turco, pede um cartão de crédito e com muita habilidade abre nossa porta novamente! E o vizinho a esta altura se desculpando porque se sentia responsável por ter me tirado de casa sem chave etc etc bla bla blá.

Lição 1: nunca saia sem chave.
Lição 2: nunca deixe a chave toda enfiada na porta se todos os moradores não estão dentro de casa, mas na dúvida, melhor não deixar nunca.
Lição 3: Não se desespere porque seu vizinho está desesperado e saia sem a chave.
Lição 4: Depois que se descobre como abrir uma porta com um cartão de crédito, nunca deixe a porta destrancada! Porque por mais que isso aqui seja Berlim, eu sou mineira! E mineiro é desconfiado.
Imagina se no dia dos policiais do causo 1 a porta tivesse aberta? E se eles não fosse policiais? Ou sei lá! Eu hein!
Lição 5: não troque sua janela de 130 anos por uma moderna!

Feicibúqui

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  1. Deletei meu facebook hoje de manhã. Enchi.
  2. A partir da semana que vem, 3x por semana serei garçonete numa pizzeria. É perto da minha casa e a pizza é uma delícia. Eu simplesmente passei em frente e perguntei se eles precisavam de ajuda. Resposta positiva. Fiz um teste de 2h e passei. E que teste, 30 adolescentes reservaram uma mesa lá. Fui anotar todos os pedidos de bebidas e depois sair entregando naquela bandeja pesada morrendo de medo de fazer um estrago. Mas meu sorrisinho e simpatia brasileira compensaram tudo! Vou começar com 3x por semana pra aprender tudo, pois não sei nada sobre isso. No meio tempo continuo vendendo pão de queijo congelado e estudando minhas mil coisas diferentes.O melhor de tudo é que uma graninha que entra vai me deixar mais feliz.

Casa da Saúde (atchim)

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Ontem fui ao Haus der Gesundheit pra fazer meu Gesundheitspass (ou Rote Karte) pra poder assar e vender meus pães de queijo tranquilamente. O povo aqui adora um papel. Peguei uma senha, esperei um pouco, paguei vintão, assisti a um vídeo basiquérrimo sobre higiene, assinei um papel escrito que eu disse verbalmente e confirmei com a assinatura que eu entendi o vídeo todo e não vou arruinar a comida de ninguém com mãos sujas ou espirros e similares. 
Na hora que mostrou no vídeo a cozinheira indo ao banheiro e saindo sem lavar as mãos e depois pegando nos alimentos metade da sala começou a rir e outros fizeram sons tipo “que nojo” e/ou “que absurdo”. Eu virei pra minha vizinha que estava rindo e com nojo ao mesmo tempo e falei “Infelizmente acontece demais…né?!!” Ela concordou e parou de rir.
Esse povo tava sendo sarcástico ou o que? Porque não é possível que ninguém saiba que muitos, diria a maioria dos restaurantes aqui não tem os cuidados de higiene que pedem no vídeo. A partir do ano que vem ao autoridades de Berlim vão começar a pregar uma plaquinha com cores nos restaurantes com o nível de higiene do local. O modelo já está sendo testado com “smiles” no bairro Pankow (acho) e tem dado bons resultados, pois os que tinham “smile triste” perderam clientes e tiveram que se limpar adaptar.

Final de semana

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Final de semana passado foi prolongado. Na segunda dia 13 foi Pfingstmontag (segunda de pentecostes) e feriado na Alemanha toda. Fui todos os dias no Karneval der Kulturen, estudei músicas novas, ensaiei uma bossa nova com um violonista alemão (sem sucesso, infelizmente, mas puxa, como eu sou paciente! Ele é super bacana e bonzinho, mas infelizmente não vai rolar com este.) E assim a semana começou de verdade na terça. Mil para casas esta semana, acho que a professora viu que pelo programa dela ela ainda não tinha dado as matérias tais e tais e resolveu correr com tudo. Não está funcionando, porque ela só entrega folhas e folhas novas com exercícios e ninguém faz porque além de ser coisa demais são todos muito difíceis. Aí fica acumulando e ao invés dela parar e ir corrigindo atrasados ou dar mais tempo pra fazer, ela dá mais folhas!
Ô minha gente que já fala alemão BEM de verdade, vocês por acaso aprenderam Gerundivum (que nada tem a ver com Gerúndio em poruguês) e os Konjuntiv I e II? Pessoalmente acho lindo saber que existe, mas eu não vou usar! Super entendo e concordo que o básico do tal Konjuntivo é até interessante e eu já sei identificar e entender quando leio. E basta, é linguagem jornalística. Nunca ouvi ninguém falando assim e já perguntei pra alemães que também disseram que não usam isso pra falar. Como não sou jornalista… me fala pra que eu tenho que fazer exercício complicadíssimos sobre isso?
O Gerundivum então, os próprios alemães acham que se chama Gerundium, de tão importante que a matéria é… última reforma no ensino da língua alemã pra estrangeiros foi quando? Anos 70? Não consegui achar, mas acredito que sim. O gerúndio também é interessante e até útil para alguns poucos casos falados, mas só os básicos, aí a professora começou a enfiar umas nebensatz e trocar os tempos todos no meio e NIN-GUÉM da sala conseguiu fazer sem ajuda.
Dá licença que agora tô indo pro show Roger Waters – The Wall daqui a pouco.

E as novidades são…

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Estou em fase de montar repertório barroco para um duo com o organista polonês Szimon. Já escolhemos 2 cantatas de Albinoni. E em breve terei também uma banda de sambas antigos com um violonista e um percussionista, os dois brasileiros. Agora, para os dois projetos o resultado ainda vai demorar um pouquinho a aparecer, pois como falei, fase de fazer repertório, ainda nem começamos a ensaiar. Isso virá logo, mas não tem data. Com o organista talvez já tenhamos um concerto em agosto, veremos.
Fiz um curso de 114 horas no SENAC-BH em 2006 para Maquiador(a) Profissional e outro extra em outro lugar para Maquiagem Artística e efeitos especiais. Fui em Berlim no Senatsverwaltung für Bildung, Wissenschaft und Forschung para ver como fazia o reconhecimento do meu certificado. Bom, não dá pra fazer. Não deste. Primeiro que na Alemanha não existe esse curso SÓ de maquiador (Visagistin), teria que ser o curso Kosmetiker, que engloba tudo de cosmética, como dá pra imaginar pelo nome. E nada de 114 horas…mas 2 anos! Então moral da história, não vai adiantar nada reconhecer meu certificado, porque não posso trabalhar com isso de qualquer maneira. O meu certificado só é considerado uma especialização, algo extra e não a formação básica (formação básica = 2 anos).
Bom, então também não posso vender pão de queijo né? Já que não fiz 2 anos de escola de cozinha! Na teoria, não, não posso ser contratada por uma padaria por exemplo como assadora oficial de bolos, mas posso vender meus pãezinhos congelados com um certificado de higiene sanitária chamado Gesundheitspass emitido pelo Gesundheitsamt. Eu ia lá hoje, mas a loja Strauss em Charlottenburg vai fechar e tá liquidando tudo a 50%. Minha amiga tem o cartão de lá e ainda ganha mas 10%, então já viram né… como não tô vendendo pão de queijo hoje (!) fui na Strauss e comprei umas coisinhas, dentre elas um Brotkasten: porta pão, caixa pra pão, ou sei lá como isso chama. Discreto (cof cof) e promete conservar meu pão por mais tempo fresco. Os sutiãs e o casaco de inverno também estão com preço ótimo, quem mora em Berlim, acho que vale muito a pena passar lá. Tem roupas, sapatos, roupa de cama, bebidas, chocolate, decoração e utilidades pra casa.

Karneval der Kulturen – balanço geral

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E acaba hoje o Karneval der Kulturen. De um modo geral, eu adorei, fui todos os dias. O Desfile das “escolas de samba e afins” no domingo não me impressionou nem um pouco, acho que pra uma brasileira aqueles carros alegóricos enfeitados com papel crepom parecem coisa de primário comparados com os desfiles do Rio e São Paulo. Tá, tô sendo chata, eu sei que não dá pra comparar, esta que é a verdade. Mas enfim… achei muito do sem graça e os momentos mais animadores foram quando carros brasileiros passaram com suas mulatas sambando, bateria tocando e um sambista do bom cantado.
Agora mais detalhadamente, meu balanço geral:
Saldos positivos:
1-No primeiro dia vi gente fiscalizando a altura dos sons nas barracas o dia inteirinho e vi também uma barraca brasileira que vendia caipirinha levando uma multa daquelas porque estava com um som eletrônico numa frequência inumana! Bem feito! Passei longe dessa barraca. Mal-educados.
2- Vi pessoas uniformizadas treinadas para procurar e socorrer os trêbados de plantão e vi um sendo atendido muito delicadamente e sendo amparado até o ponto de atendimento.
3- Fiquei SUPER fã de comida africana. Cuscus delicioso, banana frita com molho de amendoim, frango, peixe na brasa, carne, tudo uma delícia (ou com cara ótima, não deu pra comer tudo).
4- O Dresdner Handbrot (fotos aqui) foi um pãozinho que conheci que é também uma super delícia. Parece um pão italiano rústico recheado com queijo e presunto, ou outras variantes.
5- Apesar de as ruas terem ficado super sujas durante os 4 dias da feira/festival (sexta a segunda), me falaram que amanhã (terça) de manhã está tudo limpinho. 
6- Os 4 palcos montados ofereceram muitos tipos diferentes de músicas de várias etnias e alguns foram bem legais, outros barangos até não poder mais, mas tudo bem, valeu.
7- Muitos teatrinhos paralelos, músicos nas ruas, performances com bonecos e várias atrações para crianças.
Saldos negativos:
1- As autoridades são MUITO displicentes com relação a segurança e limpeza durante os dias da festa: 
  • Não tinha NENHUMA lata de lixo extra, fora as colocadas pelos próprios estandes da feira. As latas de lixo que estavam nas ruas eram apenas as pouquíssimas já pré existentes. Isso, claro, além de acarretar mais sujeira do que normalmente teria, (mesmo contando com os porcos de plantão), ainda é uma afronta à segurança da população, que pode se machucar facilmente com cacos de vidros de garrafas jogados pelas ruas. 
  • A maioria das garrafas quebradas nas ruas não são atos de vandalismos e sim acidentes. Eu mesma presenciei um na minha frente, alguém caminhando e sem querer chutou uma garrafa que estava no chão, ela quebrou e voou pra todo lado. Poderia facilmente ter machucado alguém, principalmente porque dependendo do horário fica LO-TA-DO.
  • Só vi 2 policiais no dia do desfile. Tá, que bom que parece que não tava precisando, pois estava tudo sob controle, mas esse tipo de local é uma ótima ocasião pros ladrõezinhos roubarem um colar, uma roupa, uma carteira… policiais posicionados intimidariam esse tipo de gente.
2- As autoridades (ou será a organização do evento?) até colocam vários pipi-rooms em pontos da festa, mas não são suficientes, sempre tem uma fila gigante.
3-Após o segundo dia não vi mais ninguém controlando o volume de som nas barracas. Também… fica difícil circular e medir qualquer coisa com tanta gente, entendo.
4- Higiene é uma palavra que não faz parte do vocabulário nem sequer do entendimento de MUITOS (a maioria) dos vendedores de comida. Acho muito interessante, vejam bem, eu vou ter que pagar uma taxa no Gesundheitsamt pra ter um papel comprovando que eu sei tudo sobre higiene, infecções passadas através de comidas e cuidados sanitários na hora de preparar meus pães de queijo e vender pra fora. No site eles colocam o arquivo em quase todas as línguas, pra não ter dúvida que a pessoa não entendeu. Bom, aí eles querem que eu tenha esse papel pra poder vender regularmente meus pães, mas eles não fiscalizam P. nenhuma!! Queria ver uma agente sanitária dando uma olhadinha lá nos cuidados MÍNIMOS (nem tô sendo fresca) com que muitas das barracas manuseiam seus produtos. Neste quesito as ÚNICAS barraquinhas que vi dando SHOW eram as brasileiras, todas as mocinhas que faziam as bebidas, cortavam os limões etc, faziam com luvas e outra ficava por conta do dinheiro. Bom, não sei se os limões estavam lavados…

5- Das ideias mais estúpidas que alguém pode ter é tentar passar de bicicleta no meio da multidão muvuca. Ô ideia fraca! Larga a bike numa rua próxima e caminha a pé, mané! Vi uns 3 pelo menos tentando fazer isso e atrapalhando ainda mais o que já estava quase impossível de andar.

Fotos de Londres

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Pra não ficar chato escolhi as 3 fotos mais interessantes de Londres pra postar:

Big Ben
Tinha que ter comida no meio né. Fish and chips pra mim e no outro prato torta de carne
Abbey Road, já falei o tanto que foi difícil tirar essa foto. Olha como a rua é movimentada!

Karneval der Kulturen

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Gente, tá acontecendo a partir de hoje o Karneval der Kulturen em Berlim. Clique aqui pro site oficial: http://www.karneval-berlin.de/de/
Está ótimo, várias várias várias barraquinhas com comidas típicas de vários países (África, Índia, Alemanha, Vietnã…), também roupas, sapatos e acessórios. Tudo isso nos arredores da estação U-Bahn Hallesches Tor (U1 ou U6).
E a partir de amanhã às 13h tem pão de queijo da Isabela (meu…) na barraquinha brasileira da Ana Berlin, que tem banquinhos pra assentar, próxima ao canal (Ufer).